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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O DIA QUE SE CHAMA HOJE


"...Basta a cada dia o seu mal." Mateus 6.34

É preciso viver um dia de cada vez.


É preciso enfrentar aquilo que se configura no hoje e não no ontem e muito menos no amanhã. O ontem já não existe e o amanhã ainda não chegou, então resta à sobrevivência no dia que se chama hoje.

Todavia temos muita dificuldade de vivenciar tal situação. Somos seres apegados ao ontem e preocupados com o amanhã.

O ontem nos remota a culpa, àquilo que não devia ter sido feito, àquilo que não devia ter sido dito, àquilo que poderia ter sido diferente. Sofremos com o ontem, pois não podemos voltar atrás.

O amanhã nos preocupa, pois não sabemos o que ele nos traz, e sendo assim, ficamos ansiosos com aquilo que pode vir a ser (mas que também pode não ser) e nisso sofremos e nos afligimos muitas vezes.

Jesus desconstrói isso dizendo que basta a cada dia o seu mal, ou seja, o tempo presente já nos aponta muitos desafios, para que fiquemos presos ao passado ou ansiosos com o futuro. Precisamos deixar esta perplexidade que nos invade a alma e nos deixa inertes no presente, por causa do ontem e do amanhã, pois tais construções de culpa e ansiedade inviabilizam nosso projeto de existencial no hoje, no aqui e agora.

Pois é aqui e agora que a gente está, que a gente vive que a gente sofre, que a gente crê, que a gente ama. É neste tempo presente que, ainda que não tenhamos controle sobre o futuro, que podemos planejar o futuro. O passado já passou, o futuro ainda não chegou – nem mesmo a pior sentença de morte e destruição que o futuro pode anunciar, não veio ainda – e assim sendo, não está aqui. Você está aqui. Você e eu estamos no hoje. Portanto, talvez seja o tempo que se chama hoje, o tempo de desprender-se do ontem e todas as suas cargas existências e emocionais, e não pensar ansiosamente no futuro.

A serenidade dos pássaros é o modelo que Jesus nos apresenta, mas nos corremos o risco de vivermos a ansiedade dos abutres.

Não podemos voltar no ontem (seu eu pudesse, faria tanta coisa diferente!) e também não podemos antecipar o futuro – ele simplesmente vem – mas eu posso viver o hoje. Posso tomar decisões agora, neste exato momento que escrevo este texto. Posso decidir amar, posso decidir deixar o que me faz mal, posso decidir perdoar e ser perdoado, posso decidir o que for preciso, agora. Não ontem, nem amanhã, mas agora.

Portanto, se for para sofrer, que eu sofra com o hoje – não com o ontem (pois já foi) nem com o amanhã (pois ainda será), e assim sendo e decidindo terei sempre o cuidado protetor de Jesus, que vem com sua graça e misericórdia sobre minha existência, neste dia que se chama hoje.

Pense nisso.

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