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terça-feira, 15 de março de 2016

A PORTA ESTREITA E OS CAMINHOS DO EU


Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.” Mateus 7:13,14
A porta estreita que atravessamos representa a nossa porta pessoal, que precisamos encontrar e atravessar, para deixar o rastro da nossa própria vida neste mundo. O caminho espaçoso representa o que todos usam, o apertado é o caminho que Deus preparou para cada um de nós: é o caminho no qual vivemos a imagem que Ele tem de cada um de nós.
O caminho estreito é também o caminho consciente. À primeira vista, viver de forma consciente parece ser algo cansativo. Na verdade, o caminho estreito leva a um horizonte mais amplo. Nele, alcançamos a harmonia conosco. Aquele que se contenta em seguir os outros não vive de verdade. Nosso processo de humanização só pode ser completado se encontrarmos nosso caminha pessoal e andarmos nele.
Isso exige uma reflexão consciente sobre quem eu realmente sou, o meu chamado e o rastro que quero deixar neste mundo com minha vida. Não devemos nos orientar por outras pessoas e nos comparar com elas, precisamos encontrar a porta que foi reservada para nós, a porta que leva à vida.
Esta porta não é estreita por exigir demais, mas porque devemos conscientizar-nos daquilo que é certo para nós e do caminho que devemos percorrer diante de Deus, devo viver a imagem singular que Ele tem de mim. Isso tudo só pode ser descoberto através de uma reflexão e sensibilização consciente. Quando eu viver a imagem singular dele em mim, me transformarei em uma benção para os outros.
O caminha largo é aquele da vida que seguimos de forma inconsciente, é o caminho da menor resistência e da identificação com as massas. O estreito exige consciência e atenção despertada se não quisermos nos desviar do caminho.
O que Jesus diz nesta palavra é confirmado pelos nossos sonhos. Muitas vezes sonhamos com caminhos ou aberturas estreitas que precisamos atravessar ou com encruzilhadas em que nos encontramos.
No fundo do nosso coração sabemos que nossa vida precisa atravessar essa porta estreita para podermos seguir nosso caminho. Seguir às massas, adequar-se às suas normas – isso é o caminho largo. Mas segui-lo significa permanecer no inconsciente. Se quisermos descobrir quem somos e qual é o mistério da nossa alma precisamos resistir as massas e enfrentar o desafio de tornar-nos pessoas conscientes, que não podem mais esconder seus medos por trás de uma identidade de massas.

A PACIFICAÇÃO DA FAMÍLIA E A EMANCIPAÇÃO DE SI MESMO



“Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.
                                                                                                  Mateus 10:34-36
Temos a ideia inabalável de Jesus como alguém que que traz a paz. E de fato Ele é. Lucas o descreve como o mensageiro da paz. Agora, neste verso, Jesus afirma o contrário, diz que não veio trazer a paz, mas a separação. E nos versos seguintes descreve isso de forma muito drástica: Nas famílias, todos se voltarão contra todos; o pai, contra o filho; e o filho, contra o pai, e assim por diante. Com esta fala provocativa Jesus não quer justificar nossas brigas familiares. Antes, deseja que não nos deixemos dominar e definir pelos outros. Não devemos reprimir a nossa intuição do certo e do errado apenas para preservar a harmonia. Há também uma paz “podre”, uma harmonia artificial. Existem nas famílias os harmonizadores que não suportam conflitos e por isso tentam encobrir tudo com palavras bonitas.
Jesus quer nos encorajara, num primeiro momento, distanciar-nos dos outros de forma saudável. Precisamos encontrar nossa própria posição e aprender a permanecer firmes; somente assim relacionamentos saudáveis são possíveis. Em muitas famílias não existem relacionamentos verdadeiros; nelas tudo é submetido à tradição familiar. Existem roteiros para cada situação: “Nós pensamos assim aqui”. “Nessa família, não fazemos esse tipo de coisa”. Jesus nos provoca e nos encoraja a descobrirmos nosso caminho e conquistarmos nossa posição diante da família, já que uma comunhão boa só é possível se encontrarmos nossa própria identidade.
E muitas famílias essa comunhão é forçada, ela é marcada por medo e constrangimento: “O que falam sobre nós?” “O que os outros pensarão se nos mostrarmos do jeito que realmente somos?” Muitos que defendem as normas cristãs nunca conseguiram escapar desse constrangimento familiar. Apenas o homem livre, que encontra sua própria identidade, pode entender o que Jesus espera de nós e aceita seu desafio. Às vezes, porém, confundimos esta com as boas maneiras e conformismo. Ele quer pessoas livres, nos provoca para que ousemos nos aventurar em nossa liberdade, capacitando-nos assim para relacionamentos verdadeiros.


domingo, 4 de janeiro de 2015

DA FUTILIDADE E OUTRAS COISAS DESSAS COISAS TODAS




Às vezes me deparo, amedrontado, diante de tanta futilidade que encontro na vida.
A minha mesma.
Tudo que se pede ou deseja esta embaçado pela ânsia de ter e possuir coisas.
A conquista. A mudança. A virada.
Sucesso. Prestigio. Fama. Coisas. Coisas. Coisas e mais coisas.
Pois para muitos (talvez até pra mim) coisas significam sucesso.
Há mal nisso? Nenhum.
Há apenas uma demonstração clara de como estamos vazios.
Esta são aquelas outras coisas dessas coisas todas que todos nós buscamos.

Pense nisso.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

ESPIRITUALIDADE





“Deus é Espírito,...” João 4:24

O grande lance da fé, é que no tanque de Jacó, com a mulher samaritana, Jesus rompeu com os ditames da religião e estabeleceu uma nova dinâmica no relacionamento com Deus: a espiritualidade.

Isto é sensacional.

Você já descobriu isso?

Se já, por que ainda se comporta como um religioso? Procurando lugares, formas, jeitos, receitas e métodos para adorar a Deus.

 A mulher samaritana queria um lugar para ir.

Jesus disse que o lugar é o próprio coração humano.

O lugar é controlado pelo homem que dita as regras e as condições.

O coração é controlado pela devoção que produz uma obediência da própria entrega.

As pessoas mais escravizadas na vida que eu conheço, são aquelas que ainda precisam, como a samaritana, de um lugar para encontrar a Deus. São aquelas que ainda precisam da religião.

Pense nisso.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

TRANSPLANTE





"...e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne;" Ezequiel 11.9

Às vezes o coração deixa de funcionar como deveria.

E nestes casos extremos, faz-se necessário um transplante do órgão.

O coração doente é retirado e dá lugar a um outro coração, vindo de um doador qualquer, que seja compatível com o tipo biológico do transplantado.

Espera-se assim a cura.

Deus é especialista neste tipo de transplante.

Não, necessáriamente o transplante físico.

Ele não abre o nosso peito, mas invade o peito da gente com sua presença.

Pois, como tudo na vida e no corpo desta vida, o coração também adoece.

E esta tal doença que adoece o coração pode, de fato e verdade, matar a gente.

A doença que impede o coração de pulsar na paz e na alegria das situações que corroboram nossa vida, ou aquelas que amarguram a vida e a existência, porque o coração tornou-se deposito de todo tipo de toxinas emocionais, ou ainda e pior ainda, quando a doença da petrificação apodera-se dele.

Sim, a pior doença cardíaca é aquela que faz o coração endurecer. Embrutecer. Virar pedra.

Todavia Deus é o médico especialista em transplantar o coração.

Ele muda o coração.

Hoje pode ser um dia de cura para tal estado cardíaco que apoderou-se de si.

Pense nisso.