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terça-feira, 15 de março de 2016

A PACIFICAÇÃO DA FAMÍLIA E A EMANCIPAÇÃO DE SI MESMO



“Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.
                                                                                                  Mateus 10:34-36
Temos a ideia inabalável de Jesus como alguém que que traz a paz. E de fato Ele é. Lucas o descreve como o mensageiro da paz. Agora, neste verso, Jesus afirma o contrário, diz que não veio trazer a paz, mas a separação. E nos versos seguintes descreve isso de forma muito drástica: Nas famílias, todos se voltarão contra todos; o pai, contra o filho; e o filho, contra o pai, e assim por diante. Com esta fala provocativa Jesus não quer justificar nossas brigas familiares. Antes, deseja que não nos deixemos dominar e definir pelos outros. Não devemos reprimir a nossa intuição do certo e do errado apenas para preservar a harmonia. Há também uma paz “podre”, uma harmonia artificial. Existem nas famílias os harmonizadores que não suportam conflitos e por isso tentam encobrir tudo com palavras bonitas.
Jesus quer nos encorajara, num primeiro momento, distanciar-nos dos outros de forma saudável. Precisamos encontrar nossa própria posição e aprender a permanecer firmes; somente assim relacionamentos saudáveis são possíveis. Em muitas famílias não existem relacionamentos verdadeiros; nelas tudo é submetido à tradição familiar. Existem roteiros para cada situação: “Nós pensamos assim aqui”. “Nessa família, não fazemos esse tipo de coisa”. Jesus nos provoca e nos encoraja a descobrirmos nosso caminho e conquistarmos nossa posição diante da família, já que uma comunhão boa só é possível se encontrarmos nossa própria identidade.
E muitas famílias essa comunhão é forçada, ela é marcada por medo e constrangimento: “O que falam sobre nós?” “O que os outros pensarão se nos mostrarmos do jeito que realmente somos?” Muitos que defendem as normas cristãs nunca conseguiram escapar desse constrangimento familiar. Apenas o homem livre, que encontra sua própria identidade, pode entender o que Jesus espera de nós e aceita seu desafio. Às vezes, porém, confundimos esta com as boas maneiras e conformismo. Ele quer pessoas livres, nos provoca para que ousemos nos aventurar em nossa liberdade, capacitando-nos assim para relacionamentos verdadeiros.


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