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segunda-feira, 18 de abril de 2011

DA CULPA E OUTRAS CARGAS


“... a minha dor está sempre perante mim. Confesso a minha iniqüidade;...” Salmo 38.17-18


Sim, o que Davi sente é culpa.

A culpa é a impossibilidade de voltar atrás.

Sentimos culpa, como resultado de termos tomado um caminho, que lá na frente, a gente percebe que não devia ter ido por ele – mas foi – e não teve retorno.

A culpa, antes de qualquer manifestação psicológica é uma ação na alma. Ele se aloja como resultado da nossa incapacidade de perceber, em dados momentos, o certo do errado.

Davi sentia isso na própria pele.

A culpa tem a capacidade de transformar aquilo que é colorido em cinza. De produzir em nós um profundo senso de autopiedade e nos esconder dos outros, de nós e de Deus.

Todavia o culposo não se livra da culpa apenas pela vontade de sair dela. Não. É preciso ser puxado de lá.

A culpa é como areia movediça – quando mais você se esforça pra sair dela, mais nela você entra, pois tal sentimento faz construções existenciais na gente, e então a gente se vê preso pela ação que deveria nos tirar de lá. Cada movimento anti-culpa, ou que tenta racionalizar a culpa, coloca mais culpa em nós.

Tudo que você faz sozinho pra vencer o sentimento de culpa te deixa com mais culpa ainda. Por isso a confissão é uma forma de cura, pois ela nos abre ao outro e dá acesso ao outro à nossa culpa, e então sentimos alivio.

Confessai as vossas culpas um aos outros – Diz a palavra (Tiago 5.16)

Somente Deus tira a culpa de dentro da gente. E Deus assim o faz através de gente como a gente, mas que entende de gente. Pois tem muita gente por ai, que entende de tudo na vida, menos de gente. Não sabe lidar com a dor do outro, não sabe nem ver e nem escutar o outro – e muita gente ainda está ferida na vida e pela vida, por que não encontra alguém que lhe estenda a mão no seu poço de areia movediça – a culpa.

Sim, a forma de vencer a culpa é encarar o objeto da culpa como assunto resolvido diante do próprio coração. Não se pode vitimar-se diante dela e nem fazer-se refém da culpa, pois tal fato, assim concebido como realidade, produz a melancolia e a insensatez, o que gera pessoas adoecidas e complexadas.

Independente de qual seja o objeto da culpa, em Cristo, toda culpa já foi vencida na cruz.

Portanto neste dia promulgue à sua vida a liberdade de saber que nada e nem ninguém tem tal poder sobre você – nem mesmo qualquer espécie de culpa que você possa carregar. Sim, hoje é dia de você deixar a culpa e todas as outras cargas que tal sentimento que manifesta em ti.

Pense nisso.

2 comentários:

  1. DEUS ABENÇOE PASTOR...ESTAVA MESMO PRECISANDO DESTA PALAVRA...

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  2. Marcelo, esse sentimento corrói nossa alma e muitas vezes nos impede de sermos nós mesmos. E as conseqüências são muitas, isso ocorre porque com a culpa está sempre presente a necessidade, ainda que inconsciente, de autopunição. É certo que a culpa pode ser um sinal de alerta sobre falta de limite e respeito pelo outro; ou a indicação que é preciso mudar algum padrão de comportamento. Caso contrário, poderá continuar machucando aqueles que lhes são mais caros.
    O mais indicado sempre é responsabilizar-se e não se culpar, para não cair na 'areia movediça' pois a culpa faz com que permaneçamos no papel de vítima e esse traz apenas estagnação e repetição de padrão, não proporciona crescimento. A responsabilidade faz com que acreditemos na capacidade de mudar. E todos nós temos essa capacidade! Basta o arrependimento!
    bjos

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