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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A INTENCIONALIDADE DA VONTADE



"Pedis, e não recebeis, porque pedis mal..." Tiago 4.3

Ora, Tiago diz que existe sempre uma intencionalidade oculta naquilo que pedimos, nas petições que fazemos a Deus.


E é nesta intencionalidade do querer que está à impossibilidade de tornar possível aquilo que pedimos, pois a negativa da oração está nesta intenção do coração.

E isso é complicado.

Pois quando nos debruçamos na oração com uma petição nos lábios, deixamos de fora os intentos subjetivos daquilo que pedimos, ou seja, pensamos apenas no resultado da petição respondida, e não na motivação de tal petição.

Por isso ele diz que pedimos mal.

Pedir mal é pedir sem discernir o que de fato se pede – se deseja. Pois toda petição explicita é um desejo implícito e oculto. Algumas vezes pedimos água, não por que estamos com sede, mas porque simplesmente a queremos.

Pedir mal é pedir como pedinte, ou seja, pedir porque já se habituou a pedir, e quando pedimos por pedir, tiramos da petição todo seu significado, e viramos apenas mais um que pede – e nem sabe por que pede o que pede.

Pedir mal é pedir para se perder naquilo que se pede. Sim, pois há petições que fazemos que não será benéfico, pois sua essência nos trará ansiedade e dor. Tiago diz que aquilo que se pede para gastar nas próprias vontades, é aquilo que nos impede de pedir corretamente – sim, um paradoxo.

Portanto a intencionalidade da vontade é o que é preciso aprender a entender. Todavia nossa vontade é na mais ampla condição, inexplorável, pois quando ela surge, já surge configurada à realidade que esperamos ter, ou seja, ela já vem como objeto formado e formatado segundo nossa realidade interior. Ela não vem como possibilidade vem como intencionalidade concreta – por isso sempre peço o que me fará bem – e não mal, mesmo que o bem que suponho ser seja o mal que será.

Portanto não é o que pedimos que anula a petição, mas como pedimos, pois a petição precisa vir carregada da intenção certa, e para isso, só mesmo a presença daquele que sabe pedir como convêm – o Espírito Santo – em nós.

Pense nisso.

2 comentários:

  1. A paz, achei esta palavra ótima, e é isso mesmo, pedimos mal.
    Alexandre Pessanha.

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  2. A paz do senhor,querido amigo
    Jesus disse uma certa vez que se a nossa petição fosse feita ao Pai,em Seu Nome,o Pai seria glorificado no Filho...então os pedidos tem que glorificar a Deus,e quando isso não acontece,o pedido é só para mim,o que Tiago chama "proprios deleites"e é por isso que Deus não atende muitos pedidos,porque foi pedido mal...agora se eu peço segundo a sua vontade,Ele me ouve,e posso fazer isso com toda confiança(1 Jo 5.14)!
    Deus te abençoe,Guerreiro da Africa!!!

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