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domingo, 4 de setembro de 2011

EU PRECISO SER SANTO

"...sede vós também santos..." 1 Pedro 1.15

Sim, somos chamados à santidade.


Santidade é separação. Ser santo é estar separado com exclusividade à Deus.

Todavia quando a gente pensa em santidade pensa num monte de coisas que não se deve fazer. A bem da verdade, pode até ser verdade, pois, estar na exclusiva separação, denota-se também a idéia de abstinência de coisas, vontades e ações.

Entretanto, penso que a santidade deve ir além de não faça isso ou não prove aquilo. Santidade não é seguir regras, santidade é mais que comportamento é um movimento da vida cristã, que produz vida espiritual, tanto em quem a pratica, como a quem se envolve com o praticante de tal santidade.

Sim, ser santo é acreditar que a santidade não se polui quando toca com amor aquilo que não é santo, pois a santidade da gente limpa aquilo que o diabo suja. Jesus vivia no meio de tudo, que a religião de seu tempo, chamava “suja” e tinha o poder de limpar tais pessoas e ambientes. Sim, a santidade de verdade, não se confina, ela se relaciona com o mundo “sujo” e, com amor, limpa a sujeira – pois a santidade da gente não é um agente ácido que destrói, mas uma esponja de amor que limpa e purifica – não com censura, mas com exemplo.

Sim, ser santo é colocar o valor da vida acima do valor das coisas. A gente valoriza mais as coisas e as regras das coisas, do que a vida e os agentes da vida. Sim, gostamos de saber o tamanho disso, a cor daquilo, o que pode ou não pode – e esquecemos que a vida está acima das regras. Jesus sempre valorizava as pessoas ao invés de seguir os ritos e ordenanças que a tais depreciavam. O grito da santidade ecoa com o discurso de que a vida vale mais que qualquer regra.

Sim, ser santo é viver a misericórdia de Deus no mundo. Pois é no ambiente desta existência humana desconfigurada, que somos chamados a se “misturar”. Sim, o paradoxo da santidade é este: ser separado para Deus, mas ao mesmo tempo misturado no mundo – e assim, exercendo a misericórdia de Deus. Uma santidade que nos confina na igreja com medo de contaminar-se, não é santidade, pois tal, não se contamina – purifica.

Sim, eu preciso ser santo.

Pois a santidade é exercida no ambiente da dor e do sofrimento humano. Onde abunda a dor, o mal, a miséria da existência caída é onde a santidade de Deus traz restauração, afeto, amor e aceitação. Se a santidade lá não estiver, ser santo será teoria de gente adoecida, trancada dentro de quatro paredes.

A santidade deve sempre valorizar as pessoas e não o modo como elas vivem – pois não há regra maior pra ser santo, do que a do amor. Sim, amor, amoooor.

Sim, eu preciso ser santo no mundo. O mundo precisa de mais santos, não santos de quatro paredes, protegidos pela idéia de que lá dentro do templo estou seguro. Sim, Deus quer fazer-nos santos, para nos misturar num mundo adoecido pelo mal e pelo pecado – mas, não para condená-lo, e sim amar aqueles que precisam de amor.

O santo não tem preconceito. Tem amor.

Sim, ser santo é nosso maior desafio.

Pense nisso.

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