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terça-feira, 27 de setembro de 2011

CULTO, ADORAÇÃO E ADORADORES



"Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta, ao passo que de Caim e de sua oferta não se agradou..." Gênesis 4.4

Caim e Abel estão diante de Deus, num tempo determinado que não sabemos qual é. Eles trazem oferendas como meio de entrar na presença Daquele que É.


Caim, agricultor, do fruto da terra traz o que lhe é peculiar. Abel, pastor de ovelhas, oferece um cordeiro.

Caim presta um culto. Abel uma adoração.

O culto será sempre uma oferta daquilo que tenho, mas a adoração daquilo que sou. Caim ofereceu o que tinha – fruto da terra – esforço de seu próprio trabalho. Abel ofereceu aquilo que ele não podia produzir, e então oferece um cordeiro. Sim, um adorador não depende de sua capacidade, mas da graça e da misericórdia do Céu. Quem presta um culto sempre quer mostrar o que é capaz de fazer e produzir. Quem Adora sempre buscará a revelação daquilo que deve fazer.

O culto sempre necessita do reconhecimento e aplauso. A adoração apenas da presença de Deus. Caim fica irado porque sua oferta não foi “aceita” por Deus. Abel tem o contentamento de estar onde Deus está. Sim, corremos o risco de gostar mais do que fazemos pra Deus, do que Dele propriamente dito.

Quem adora é capaz de morrer por sua adoração. Quem presta um culto é capaz de matar quem adora. A resposta de Caim à adoração do irmão é a morte. O adorador incomoda que presta um culto, não pela adoração que faz, mas pelo estilo de vida, que é livre de formas e rótulos, pois tal vida expõe a distância que o coração de quem presta um culto está longe de Deus.

O adorador ainda que morra permanece adorando. Quem presta um culto não permanecerá diante de Deus. Sim, Abel é morto por Caim, mas o sangue daquele permanece diante de Deus. O adorador arca com as conseqüências da vida e da história. Quem presta um culto sempre vai fugir do compromisso e da responsabilidade diante de seus atos.

Adorar não é fazer é ser. Tem gente que pensa que o Reino de Deus é linha de produção e tem que mostrar serviço – então faz muito e oferece pouco. Adoração tem mais a ver com ser do com fazer. Diante de Deus é o que você é não o que você faz.

Adoração é o exercício da nossa individualidade não o assédio da multidão. O adorador não precisa de platéia, ele se contenta com a presença de Deus.

A adoração tem um preço – esteja pronto para paga-lo. Às vezes o modo de vida do adorador vai incomodar alguém – em especial aqueles que prestam culto – e isso pode machucar.

Portanto mais que prestar um culto, a vida deve ser desenvolvida num estilo de adoração. Não é a música, não é o som, nem os instrumentos que isso faz, mas o caráter e a essência daqueles que sabem que acima de tudo, adoração é dependência e entrega a Deus.

Pense nisso.

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