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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

EU NÃO CREIO NO DEUS.



Hoje amanheci ateu.

Sim, perdi a fé no deus que vejo por ai. Inacreditavelmente concebi tal ceticismo dentro de mim. Não suporto mais. Não creio mais.


Não creio neste deus da religião. Neste deus que os homens inventaram para manipular as massas e amedrontar as pessoas.

Não creio neste deus que troca casa na praia, carro importado, status social e até casamento, por uma quantia financeira depositada no pé do seu altar.

Não creio neste deus que precisa de esquemas políticos na eclesiologia da igreja para levar o leigo ao clero.

Não creio num deus que mata, caso eu não aceite as idéias dos seus “profetas”.

Não, quanto a isso eu estou ateu.

Não creio num deus sem esperança.

Não creio num deus que oprime.

Não creio num deus que faz barulho sem transformação.

Não creio num deus que impera e não reina. Pois o império traz consigo todos os imperadores da fé, que por ai estão. Mas o Reino traz em suas bases, os servos.

Não creio num deus que ignora a essência daquilo que somos.

Sim, eu creio nisso que não creio mais.

Não creio num deus que fica indiferente diante dos males da sociedade, enquanto alguns de seus seguidores proclamam um triunfalismo barato dentro de quatro paredes.

Não creio num deus que proíbe pensar.

Não creio num deus que manipula a fé, e age de má fé com a fé da gente.

Não creio num deus que revela sua “agenda” para tipos “especiais” de pessoas, como informação privilegiada.

Nisso não creio mesmo.

Mas eu creio no Deus, Pai de Jesus Cristo.

Eu creio num Deus que se revela nos evangelhos, sem as muitas “interpretações” humanas.

Eu creio num Deus pessoal, e por ser pessoal, Ele vem a mim e em mim da forma que eu sou – não das fôrmas que nos querem por.

Eu creio num Deus que está olhando para a história, e nela realizando milagres de mudanças reais, a partir daquilo que minhas mãos podem fazer. Sim, creio num Deus que age através de nós.

Eu creio num Deus que simplesmente é, e por ser assim tão simples, não complica a existência, cheio de regras e comportamentos. Pois, o Deus que creio, não manipula e nem oprime a existência humana.

Eu creio num Deus que não distingue cor, classe social, conta bancária, posição geográfica e nem cultura intelectual, pois Ele veio ao mundo na figura de um carpinteiro pobre, mas que carregava em si, todas as possibilidades de existir, e assim foi quem foi: O salvador.

Sim, eu creio neste Deus que se move na história. Que não é apático, que está em movimento. Portanto, este deus que segrega gente em paredes e os faz pensar que são especiais, não, neste eu não creio.

Eu creio em Deus. Creio tanto nesse Deus que sou incapaz de dizer o quanto creio.

Só não creio mais no deus da religião e nem naqueles que postulam pra si, serem os seus únicos representantes.

Eu não creio.

Um comentário:

  1. cada vez mais fico apaixonado por este blog.
    Parabéns Pr. Marcelo Satiro pela postagem.

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