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quarta-feira, 11 de maio de 2011

VERDADES MENTIROSAS


" Ela guardou a capa consigo, até que o senhor dele voltou para casa." Gênesis 39.16

Sim, parece um paradoxo. Mas existem verdades que são apenas uma grande mentira.

José sofreu por isso.

Na tentativa fantasiosa da mulher de Potifar a respeito de José, restou-lhe apenas a capa do jovem em suas mãos.

A capa era a verdade de José – fugir do assédio da patroa. Mas nas mãos da mulher era a mentira da tentativa de estupro. Sim, esta era uma verdade mentirosa.

A verdade mentirosa sempre parecerá com a verdade, mas sempre consistirá numa bem orquestrada mentira. E aquele que fantasia com a verdade alheia, será sempre o promotor do caos e da desgraça do outro.

Existe gente na vida que só consegue ser feliz e realizado sob a ótica da verdade mentirosa, pois a verdade de fato, para tal ser, constituí-se apenas num sentimento de frustração e angústia, por que diante de toda a verdade de verdade, não sabe ser feliz. Sim, tem gente que só sabe ser feliz – mentindo.

Tal elemento constituiu-se poderoso, pois, tem a capacidade de transformar alguém verdadeiro numa farsa e destruir a vida alheia.

Uma verdade mentirosa cria o ambiente da destruição do ser, pois acarreta ônus de culpa para quem é inocente, e nesta culpa inocente, prova-se verdade a mentira na forma de verdade. Sim, pois quem detém a prova mentirosa, acaba por ser verdadeiro – ainda que seja um mentiroso.

Uma verdade mentirosa tem poder de alterar o projeto de vida e existência de quem é vitimada por ela. Pois se temos como verdade apenas aquilo que vemos como verdade – quando a mentira se pinta da verdade que esta aí, a própria verdade torna-se mentirosa pelo fato de concebermos apenas o fator da visão. Ainda que José fosse inocente de sua culpa, todavia vai para a prisão por causa de sua capa na mão de um mentiroso.

Uma verdade mentirosa promoverá sempre o mentiroso como vítima da situação e transformará a verdade do inocente na própria culpa que o condenará.

Sempre que a mentira se parecer com a verdade, roubando-lhe a essência daquilo que é – teremos promulgado em nós apenas a incerteza de que a justiça sempre será um duelo – não de provas e certezas – mas de consciência. Sim, algumas vezes o único lugar onde a verdade prevalecerá será na nossa própria consciência.

Pense nisso

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