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sábado, 21 de maio de 2011

BIPOLAR


"Respondendo Simão Pedro, disse: Tú és o Cristo, o filho do Deus vivo. Então, Jesus lhe afirmou: Bem aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus (...) Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogita das coisas de Deus, e sim das dos homens..." Mateus 13.16-17, 23

Todos têm momentos de altos e baixos. Momentos de extremo êxtase e de profunda angustia. Momentos de límpida revelação do sagrado e também de profunda influência do maligno.


Pedro nos ensina que isso é real no cotidiano da nossa caminhada cristã.

Todos possuímos esta bipolaridade espiritual. Em um dado momento estamos no auge de nossa espiritualidade e num segundo momento, podemos ficar influenciados pela malignidade, escondida nas próprias idéias humanas.

Sim, esta bipolaridade afeto a todos, inclusive, aqueles que andam com Cristo, pois são estes que aquela mais afeta.

Pedro, como todos nós, consegue conjugar num mesmo momento e num mesmo coração, a revelação Divina e a malignidade, disfarçada de piedade humana, pois tal malignidade de sua declaração, nada mais foi que, uma piedade a respeito de Jesus, que o próprio Jesus de si mesmo não tinha.

Nossa bipolaridade espiritual manifesta-se mesmo assim: Ao mesmo tempo em que nossa revelação é transcendente a nossa própria realidade, num outro momento, nossa piedade humana cede lugar a influencia do mal, e pensamos estar certos, quando na verdade estamos errados.

Sim, num primeiro momento podemos experimentar a presença de Deus de uma forma tão intensa que nos leva além de nossa própria capacidade, mas num momento seguinte, podemos estar sob um forte ataque do mal, que, a priori, nos faz ver as coisas de tal revelação, apenas como uma coisa natural. Por isso tem tanta gente que não consegue ser o gostaria de ser e o aquilo que sente ser o chamado de sua vida.

Sim, num primeiro momento podemos estar cheios de plenitude do Céu, mas no momento seguinte podemos apenas transitar com nosso coração nas coisas da terra e confundir o sagrado com o comum, e terminarmos com uma vida no profano. Por isso tem tanta gente na vida, que luta para se manter no caminho – pois conhece a verdade – mas os atalhos do mal sempre parecerão mais fáceis de seguir, e assim, seguindo vão por eles, e terminam na berlinda da vida e da frustração.

Sim, num primeiro momento podemos nos sentir ao lado de Cristo e em plena comunhão com Ele, e no momento seguinte, perdermos tal sentimento de intimidade e mergulhar num profundo processo natural de entender esta comunhão, apenas do ponto de vista do benefício que tal sensação pode nos dar. Por isso tem gente na vida, que anda com Cristo não pelo que ele representa, mas por causa daquilo que ele pode fazer.

Sim, de certa forma, somos bipolares. Talvez não do ponto de vista a psicologia moderna, mas deste ponto de vista, que vê a dualidade daquilo que somos e daquilo que, algumas vezes, manifestamos ser.

A cura para tal situação é permitir que a Palavra de Cristo nos exorte. Corrija-nos. Coloque-nos no nosso lugar. E nosso lugar não é transitando entre os pólos desta existência, que pode nos adoecer a alma, mas é no centro da vontade de Cristo, ainda que nesta vontade, sejamos confrontados com nossa própria vontade e realidade.

Sim, não somos tão bons como pensamos ser, mas somos suficientes bons para que toda nossa bondade seja apenas, um prenúncio de nossas carências e com isso, sermos acolhidos nos poderosos braços de Jesus. Sim, mesmo que a gente transite nos pólos da vida, oscilando entre a revelação e a maldade, Jesus sempre será nossa cura e nossa estação de descanso e de paz.

Pense nisso.

Um comentário:

  1. Nossa. Muito interessante olhando por esse lado. Realmente, todos nós acabamos sendo bipolares!
    Excelente texto!!

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