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quarta-feira, 20 de abril de 2011

PARADOXO


“Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio.” Romanos 7.15


Sim, todos nós temos um paradoxo dentro da gente.

Um paradoxo é uma contradição lógica.

Paulo, o apóstolo sentia isso e expressava isso publicamente.

Somos feitos de vontades. E algumas destas vontades são latentes. Estão dentro da gente, como se fosse à gente. Todavia estas vontades também se manifestam na gente – mas a pior espécie de manifestação, é aquela vontade que a gente não quer, ou seja, as ações provenientes daquilo que está na gente – mas a gente não quer fazer, e faz.

Normalmente somos assim. Fazemos mais o que não queremos fazer do que aquilo que queremos que seja feito por nós. Quantas vezes dizemos:”Nunca mais farei isso”, e dali a pouco somos surpreendidos por nós, fazendo a mesma coisa.

Isso frustra.

Isso anula a gente.

Isso mata.

Paulo diz que este paradoxo existe, por que o princípio ativo que o alimenta é o pecado. Interessante que o mal do pecado, manifesta no ato bondoso da ação, ou seja, mesmo sabendo que tal coisa é ruim, eu a enxergo com algo que me promova satisfação – então mesmo não querendo fazer – minha cognição – diz que aquilo é bom, que eu mereço etc. e então eu faço o que não queria fazer, pelo simples prazer de sentir o que fiz como projeção do meu mundo interior. O resultado final chamamos de pecado.

O pecado é acima de tudo uma desconstrução de mim. Ele destrói em mim, o que de Deus há em mim, e torna-me aquilo que eu realmente sou mesmo não sendo – Pois Paulo diz que não é ele que faz o que não quer – mas o pecado. Todo pecado é a essência do paradoxo desta existência de vontades. O pecado enquanto ofensa a Deus é desconstrução de mim. Paulo diz que isso produz uma crise no nosso interior. Uma crise de vontades opostas, ou seja, nos tornamos uma bomba existencial ambulante. Por isso tem gente que explode em raivas, ânsias e erupções emocionais por não conseguirem entender o paradoxo que há dentro delas.

Este paradoxo personifica o pecado nas ações do nosso comportamento. Paulo diz que não sendo ele quem o faz, ele sabe que quem faz é o pecado nele. O paradoxo só é paradoxal por que está dentro de nós, não nos é exterior.

A solução para tal paradoxo está em Jesus, em estar em Jesus. (Romanos 8).

Toda crise desta existência paradoxal que nos destrói gradativamente em relação à vida, autoconfiança e vontades, está em Jesus. Nele, por Ele e com Ele, temos a condição do equilíbrio. Jesus muda o pricíipio ativo do nosso interior. Onde era pecado irrevogável, agora é graça incompreensível. Onde havia má vontade, agora há força de vontade, da vontade de Deus.

Sim. Continuamos os mesmos. Com as mesmas vontades. Com os mesmos desejos. Com os mesmos pulsões do pecado. Mas podemos seguir em Cristo. Podemos respirar aliviados o ar puro da Graça, mesmo no meio da poluição do pecado.

Não se dê por vencido. Ainda que todos os paradoxos da sua existência sigam você, lembre-se: “Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus...”.

Pense nisso.

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