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quinta-feira, 7 de abril de 2011

CAÇADORES DE NOVIDADES


"Pois todos os de Atenas e os estrangeiros residentes de outra coisa não cuidavam senão de dizer ou ouvir as últimas novidades." Atos 17.21


Nós somos a geração da novidade.

Estamos sempre atrás do novo.

Da última novidade. Do último lançamento.

E isso é até interessante quando não descamba para a forma com que moldamos nossa existência.

Sim. Pois existe gente que não vive, não se existe, caso alguma novidade não envolva seu ser. E alguns na ânsia pelo novo da novidade acabam se perdendo de si mesmos, de sua própria condição, para viverem na moda.

Todavia é ainda pior, quando pintamos a própria espiritualidade com as cores da novidade, pois, acabamos criando na gente algo que não é da gente e não é a gente.

Quem busca novidades nunca descansará o coração nas promessas de Deus. Pois a própria promessa tem em nós a celebração da espera do coração, como combustível de seu cumprimento. Sim. Quem corre atrás de novidades todos os dias, perde, na promessa, sua maior celebração – a construção da paciência e continuidade do ser. Sim, tem gente fragmentada na vida – aos pedaços – por que não tem paciência de esperar o novo, e então sucumbi diante de uma novidade, que da mesma forma que vem – passa.

Quem busca novidades nunca viverá com profundidade, pois para tornar-se profundo é preciso criar raízes, e quem corre atrás da novidade nunca se plantará em lugar algum – terá uma vida hidropônica – cultivado sem a terra da existência – apenas na superfície. Ora a maior tragédia desta gente é acreditar que a felicidade é geográfica, ou seja, ela muda de lugar. Não, a felicidade e a realização têm suas nuances, não na nossa geografia, mas no nosso interior.

Quem busca novidades terá apenas uma religião e não transformação de vida. Sim, tem gente que, não importa quem é o “deus” – não importa se “funciona” o que importa é estar na moda. É chique ser “evangélico”. Todavia quem cultua este deus desconhecido perde-se na vida e na fé, pois vira pasta e se massifica com a multidão daqueles que não sabe quem são e nem para onde vão.

Não. Com Deus não há novidade.

Com Deus há renovação.

A novidade se encontra na esquina.

A renovação apenas dentro do coração.

A novidade vem até a gente.

A renovação só vem na gente se a gente for até ela, e buscá-la.

A novidade passa – pois esta é sua sorte.

A renovação permanece – pois sua fonte é a própria vida de Deus em nós.

A novidade veste-se de nós como nós somos e promulga em nós a sentença da nossa própria desgraça.

A renovação veste do novo e para tanto, não cabe em nós como nós somos, mas uma vez em nós, muda a nós mesmos, para sermos também – novo de novo, sem deixar de sermos nós.

A novidade tem um ritmo frenético – pois quando a gente pensa que está na moda – a moda já passou e nos deixou pra trás. Por isso tem gente frustrada que não consegue enxerga nada de bom na vida.

A renovação segue nosso passo e quando não conseguimos alcançá-la, ele espera nosso tempo, e, portanto, não nos deixa ficar pra trás. Portanto sempre é tempo de renovar-se.

Sim. O que a gente precisa não de novidade. É de renovação.

Pense nisso.

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